sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Miolo Reserva Chardonnay 2012



Finalmente um vinho brasileiro no blog! Já estava ficando feio. Prometemos mais conterrâneos daqui pra frente, já que estão cada vez melhores.

2012 foi um ano quase perfeito para os vinhos gaúchos: o clima propício à vinha somado aos avanços tecnológicos recentes geraram exemplares concentrados, complexos e intensos. Esse Miolo Reserva é um monovarietal de Chardonnay que mostra bem a tipicidade da casta: amarelo-dourado, no aroma traz flores brancas (véu de noiva), alguma pêra e um pouco do doce da madeira (uma parcela do vinho foi submetida à fermentação em barrica). Leve, seus 13% de álcool ajudam no conjunto elegante, finalizado com uma boa acidez.

Bela escolha nacional. Essa linha Miolo Reserva, no geral, tem um ótimo custo-benefício.



Avaliação Vinhozin: 87 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 40 reais.


Vale a pena? Bastante! Melhor que a maioria dos importados de mesmo preço.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

José Maria da Fonseca Colecção Privada Moscatel Roxo Rosé 2013



Mais um José Maria da Fonseca para o blog, desse vez um setubalense com uma casta "da gema".

O moscatel roxo é uma das castas mais nobres do planeta: rica e concentrada, faz os melhores lotes dos grandes moscatéis de Setúbal. Caída em desuso em meados do século passado, foi reabilitada por Fernando Soares Franco, grande nome do vinho português e criador da Coleção Ampelográfica da Quinta de Camarate, base enológica para quase tudo o que foi feito posteriormente no sul de Portugal.

Domingo Soares Franco, filho de Fernando e atual enólogo da casa, extrapolou o uso do Moscatel Roxo para vinhos não-fortificados, como esse rosé de 2013. De linda cor salmonada, lembrando os rosés da Provence, o vinho é muito fresco, com frutas tropicais, flores e algumas notas cítricas. Muito leve (tem apenas 12,5% de álcool), mostra uma acidez envolvente e incisiva.

Bela pedida para pratos mais leves e uma boa piscina!



Avaliação Vinhozin: 89 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 50 reais. Importado pela Wine.com.br.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros.

Vale a pena? Bastante! Ainda mais quando vemos que o preço aqui é praticamente igual ao praticado fora, algo fora de cogitação no Brasil.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Pelissero Piani Barbera D'Alba 2011


Para o primeiro piemontês do blog, fomos de Barbera, já chamada por Luca Carrado Vietti de "a uva oficial italiana para a mesa". Casta de entrada dos vinhos dessa região, se é que existe uma casta de entrada, ela é a irmã menor da Nebbiolo, trazendo muitas de suas características (acidez e concentração, por exemplo), mas com mais afabilidade, pelo menos no curto prazo.

Esse Pelissero Piani 2011 é um Barbera D'Alba (não confundir com os Barbera D'Asti, mais potentes e frutados) que traz toda a tipicidade da casta. Muito elegante, mostra amoras e algum floral no olfato, tudo em um caráter de bastante frescura. Na boca tem pouco corpo, é sedoso e estruturado. A acidez sobressai de forma bastante incisiva, como em todo bom Barbera.

Gastronômico e fácil, é uma ótima pedida para acompanhar qualquer tipo de charcutaria.



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 190 reais. Importado pela Vinho&Ponto.
Preço no exterior: Em torno de 15 euros na Europa e 20 dólares nos EUA.

Vale a pena? Fora, tem um ótimo preço. Aqui, é possível encontrar Barberas mais baratos, mas nada que salve o bolso.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Angelica Zapata Malbec Alta 2010



Já estávamos com saudades dos Andes! Mais um vinho da Catena Zapata, que, como já mencionamos, é para nós o maior nome do vinho argentino. Esperamos sempre muita qualidade vindo desta bodega, mas dessa vez a surpresa foi mesmo muito positiva.


Feito especificamente para o mercado argentino, mas com grande disseminação no Brasil e no resto da América Latina, os rótulos Angelica Zapata são monovarietais de altitude. De acordo com o site da vinícola, "a Bodega Catena Zapata foi pioneira na descoberta da altitude ideal para cada varietal em particular" e "anos de pesquisa levaram à identificação do terroir ideal que ofereceria a maior concentração de aromas e sabores".

Esse Malbec da safra de 2010 é impressionante. De perfil bordalês, impressiona de cara com a sua cor violeta brilhante, a incrível força das frutas vermelhas e ameixas, a baunilha muito bem colocada e as especiarias (cravo e pimenta preta). Na boca é suculento, carnudo, muito concentrado e ao mesmo tempo fresco e elegante, com uma acidez invejável. Termina bastante longo. Tem estrutura para o longo prazo mas está pronto para ser bebido agora.

Vinho impressionante: é muito difícil achar tanta qualidade por menos de 250 reais. Não esperávamos um custo-benefício tão bom!



Avaliação Vinhozin: 94 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: A safra 2011 é vendida por 240 reais. Importado pela Mistral.
Preço no exterior: Em torno de 40 dólares no Panamá/Caribe (onde compramos) e 50 dólares na Argentina.

Vale a pena? Muito!