segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Concha Y Toro Serie Riberas Gran Reserva Carménère 2013



Segundo vinho da Serie Riberas a ser provado nesse blog, bebemos agora o monovarietal de Carménère.

Bastante novo-mundista, tem uma boa complexidade aromática com muita fruta madura (cassis e amoras), mato molhado e madeira (incenso e baunilha). Tem boa estrutura tânica e ótima acidez, o que salva o vinho da madeira (pelo menos em um primeiro momento). Com o tempo em taça ela entra num crescendo de doçura e peso chegando a sobrepujar a fruta, e o vinho vai ficando chato. Engraçado como o Cabernet da mesma série Riberas era muito mais elegante e contido, enquanto esse é cheio de força e doçura.

Bela pedida para um churrasco ou qualquer coisa tão ou mais pesada, desde que você não tenha medo da madeira.


Avaliação Vinhozin: 88 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 70 reais. Importado pela Ravin.
Preço no exterior: Em torno de 15 dólares nos EUA e Chile.

Vale a pena? Se o seu estilo é o novo-mundista mais doce e pesado, vale. Se gosta de vinhos mais austeros, melhor passar longe.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Valmarino Sangiovese 2015



Faz tempo que não temos uma surpresa tão boa. A Valmarino é nacionalmente conhecida por seus vinhos de topo, como o Cabernet Franc que é um dos melhores tintos do Brasil. Mas, para nós, a grande arma dessa vinícola está na qualidade muito (mas muito) acima da média nos rótulos intermediários e de entrada.

Esse monovarietal de Sangiovese é prova disso. Elegante, mostra um caráter bastante floral, além amoras e morangos frescos, com um pouco de baunilha do curto estágio em carvalho. Na boca tem taninos redondos, leveza (apenas 11,8% de álcool) e ótima acidez, mostrando bem a tipicidade da Sangiovese. Bastante gastronômico e velho-mundista, enfrenta uma mesa como poucos vinhos nessa categoria.

Tem muito Chianti por aí de 80 reais que não chega aos pés desse Valmarino. Belo vinho!



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 40 reais.


Vale a pena? Demais. O preço é quase inacreditável.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Guatambu Luar do Pampa Chardonnay 2014



Um dos vinhos de entrada da vinícola Guatambu, esse Chardonnay de Dom Pedrito é mais uma amostra do ótimo custo-benefício dos Chardonnays do Sul.

Bastante fresco, esse monovarietal não estagia em madeira (apesar de metade do mosto fermentar em barricas de carvalho) e não passa por fermentação malolática. O vinho mostra boa tipicidade de flores brancas e só um toque adocicado, além de alguma coisa cítrica. Na boca tem como seu grande trunfo a acidez pungente que a malolática não tirou, fechando o conjunto de forma bem austera para um vinho desse preço.

Ótima pedida para um dia de calor, além de poder acompanhar bem uma infinidade de pratos por conta de sua boa acidez.



Avaliação Vinhozin: 87 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 30 reais.


Vale a pena? Ainda não tomamos um branco comprado e/ou feito no Brasil que oferecesse essa qualidade nessa faixa de preço.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Hermann Matiz Alvarinho 2011



Empreendimento da família Hermann (controladora da importadora Decanter) no Rio Grande do Sul, a vinícola conta com um acervo de dar inveja em seus competidores, ressaltando-se a Lírica Crua, espumante que para muitos é o melhor do Brasil. A empresa também conta com nomes de peso na sua equipe, como o português Anselmo Mendes, um dos papas da Alvarinho, uva usada nesse Matiz 2011.

Monovarietal da casta, o vinho mostra ótima tipicidade, com frutas tropicais, mamão, laranjas e até um pouco de desenvolvimento (notas de petróleo, não nega o parentesco com a Riesling!). A exuberância aromática é balanceada por grande mineralidade de pedras lavadas, característica do terroir da Serra do Sudeste. Tem ótima acidez e leveza, apesar do álcool estar um pouco além da conta.

Não vemos a hora de provar a safra 2015!



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 60 reais.


Vale a pena? Bastante. Ótimo custo-benefício.