segunda-feira, 26 de junho de 2017

Tabalí Talinay Sauvignon Blanc 2013



Ao pensar em Sauvignon Blanc chileno, imediatamente vem à nossa cabeça acidez volátil, fruta excessiva e dor de cabeça; aos poucos, os vinhos do Vale do Limarí vêm mudando esse cenário.

Segundo vinho que provamos da Tabalí, esse Sauvignon Blanc impressiona de cara pela cor translúcida, meio esverdeada, lembrando os brancos do Loire. Muito elegante, tem grama cortada, erva doce, ervas secas e limão, tudo muito bem definido. Na boca tem corpo médio e ótima acidez, e termina bem mineral, quase salino.

Ótimo vinho, que mostra um bom futuro para os vinhos da região.



Avaliação Vinhozin: 91 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 140 reais. Importado pela WorldWine.
Preço no exterior: Em torno de 20 dólares no Chile e nos EUA.

Vale a pena? Sim.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Santa Rita Casa Real Reserva Especial 2010



O vinho de hoje é um dos ícones do Chile; talvez o mais antigo rótulo de alta qualidade feito no país.

Da excelente safra de 2010, este monovarietal de Cabernet Sauvignon está vivíssimo na cor, quase escuro. A complexidade aromática é impressionante, com ervas medicinais, iodo, terra molhada, eucalipto e muita madeira. Mas aí é que está o negócio: é MUITA madeira; fora de propósito para um produto que tem tanto a oferecer e fica escondido no meio dela. Com o tempo em taça, a fruta vai abrindo aos poucos (frutas vermelhas e nectarina), mas a madeira ainda predomina.

Na boca é apimentado, tem corpo médio com muita concentração, taninos finos e boa acidez. Termina licoroso.

Pode ser que a madeira integre melhor no futuro, mas não vemos a estrutura necessária para o vinho envelhecer mais uma década e suavizar essa característica. Por enquanto, só para quem adora esse estilo.



Avaliação Vinhozin: 92 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 800 reais. Importado pela Winebrands.
Preço no exterior: Em torno de 70 dólares no Chile e nos EUA.

Vale a pena? O preço aqui é tão absurdo que não vale a pena comentar. Fora, o vinho vale a pena se você for fã do estilo.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Quinta das Bágeiras Garrafeira Tinto 2008



A Bairrada vai aos poucos se tornando a nossa região vinícola favorita de Portugal: seus vinhos aliam como poucos força e elegância, evocando os grandes vinhos franceses e italianos. A Quinta das Bágeiras é uma produtora local que foca na produção de vinhos ao estilo antigo, com grande apego ao terroir e nem tanto apego assim às tendências do mercado.

Esse Garrafeira 2008, um dos topos de gama da casa, é um corte de Baga (80%) e Touriga Nacional (20%) que impressiona já de cara pela cor muito escura e jovem, apesar dos quase 10 anos da colheita. Esperávamos um vinho muito fechado e difícil, mas foi bem o contrário: aberto e muito floral, mostrou uma delicadeza borgonhesa com algumas características típicas do terroir, como eucalipto, resina e couro. Na boca é um vinho quase perfeito, de corpo médio, muita concentração, taninos de seda e uma acidez incrível.

Surpreendentemente pronto para se beber desde já, apesar da clara evolução que terá nos próximos anos.



Avaliação Vinhozin: 94 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 350 reais. Importado pela Premium Wines.
Preço no exterior: Em torno de 25 euros na Europa e 30 dólares nos EUA.

Vale a pena? Sim.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Duas Quintas Tinto 2014


Este foi daqueles vinhos que decepcionaram no quesito custo-benefício. O rótulo da Ramos Pinto, enorme casa do Douro, com ligações históricas com o Brasil, não empolgou.

Corte das típicas variedades tintas durienses, o vinho é bastante simples, com frutas vermelhas, madeira e algum floral no nariz. Na boca é agradável, com taninos redondos, boa acidez e corpo médio, mas não passa disso. Um bom vinho para uma ocasião descompromissada, que pede mais do que vale.



Avaliação Vinhozin: 84 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 100 reais. Importado pela Franco-Suissa.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros na Europa e 15 dólares nos EUA.

Vale a pena? Não.