quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Catena Alta Chardonnay 2015



Todos que acompanham esse blog sabem do nosso amor pela Catena, e pelos vinhos argentinos em geral.

A linha Catena Alta é a linha de média gama da vinícola. Teoricamente, esse deveria ser um exemplar superior a um Catena simples, mas não foi o que achamos. Ele é doce, muito doce, demais de doce! O Catena Chardonnay de entrada tem uma coisa mais chablisienne, mais salino e ácido, enquanto os maravilhosos Adrianna da mesma vinícola também tem essa veia borgonhesa, mas muito mais concentrados e complexos (mais para Meursault); esse aqui não poderia se encaixar na Borgonha nem que derrubassem ele por lá. Não é uma crítica, não é um defeito, é apenas a característica dele: doce pra caramba.

As notas vão de baunilha, mel, algo de açúcar de confeiteiro, para frutas amarelas, alguns florais e madeira. Dourado, denso, bastante cremoso, parece que falta um pouco de acidez para essa montanha de corpo e potência.

Um ótimo vinho, mas que agradará mais aos novo mundistas de plantão.


Avaliação Vinhozin: 91 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 220 reais. Importado pela Mistral.
Preço no exterior: Em torno de 20 dólares na Argentina e 25 dólares nos EUA.

Vale a pena? Somente para quem gosta do estilo e compre fora do país.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Carpineto Chianti Classico 2016



Não sou uma pessoa que compra muito na Wine, porque que esses sites de vinho que vendem em grande escala geralmente só tem coisa ruim, mas de vez em quando você descobre umas coisas surpreendentes. A Maycas del Limari, por exemplo, é uma das melhores produtoras de Chardonnay do Chile, e a Wine tem a importação exclusiva. Outra que se enquadra aí é a Carpineto, cujo Chianti Classico provamos essa semana.

Vinícola tradicional da região, é famosa principalmente pelos Chianti e pelo Vino Nobile di Montepulciano. Esse Classico de 2016 mostrou de cara uma complexidade aromática que não estávamos esperando: frutas vermelhas frescas, com destaque para as notas de cereja, framboesa e groselha, tomates, floral (rosas) e um pouco de baunilha. Bastante vinoso, tem acidez na medida, taninos suaves, e termina terroso. Bastante gastronômico (desceu maravilhosamente bem com um filé com ervas, que não é a combinação mais fácil do mundo), vai na contra mão de todas as bombas de madeira e corpo que são vendidas por aí.



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 70 reais. Importado pela Wine.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros na Europa e 15 dólares nos EUA.

Vale a pena? Bastante.