Depois de um tempão longe das postagens no blog, voltamos em alto estilo.
Os (bons) vinhos franceses tem um quê de singularidade que é muito difícil de explicar: é claro que o termo terroir é usado para isso, mas se você pegar uma muda de Sauvignon Blanc e dela fizer um vinho nas mesmas exatas condições geográficas/técnicas/humanas/climáticas em outro lugar do mundo, ainda assim não vai ficar igual a, neste caso, um pedacinho de terra no Loire.
O Pouilly-Fumé, mesmo de produtores de menor expressão, é um vinho único e inimitável, de qualidade fantástica e preço melhor ainda.
Este 2016, de Pascal Jolivet (produtor de renome da região), não foge à regra: muito aromático, e, mais importante que isso, de uma precisão de fruta fantástica, com pêras, pêssegos e maracujá perfeitamente desenhados. A pureza desse frutado eu nunca vi em outros brancos nesse preço. Não tem aquela coisa de pólvora de alguns (como o Domaine Bonnard que já provamos nesse blog), mas traz mineralidade com muitas pedras lavadas; diria até notas de cachoeira, se fosse permitido (dane-se:cachoeira).
Na boca tem ótima acidez e mais corpo que o esperado para um Loire.
Bebido em 30 minutos. Fantástico.
Avaliação Vinhozin: 92 Pontos/ 100 (Escala Americana)
Preço no Brasil: Em torno de 220 reais. Era importado pela Mistral e parece que está sem representantes.
Preço no exterior: Em torno de 15 euros na Europa e 20 dólares nos EUA.
Vale a pena? Sobre o preço daqui não comento. Fora, é para trazer de caixa.
