segunda-feira, 23 de maio de 2016

Aurora Reserva Chardonnay 2015


Mais um Chardonnay Reserva da Aurora, agora da safra 2015.

Consistente safra após safra, esse é um vinho obrigatório para se ter na adega. Esse monovarietal traz novamente aquelas notas de maracujá, manga e flores brancas já típicas do rótulo, aliadas, dessa vez, a alguma coisa de maçã (muito típica da casta), castanhas e limão.

A madeira aparece cada vez melhor integrada: nada de enjoativo, apenas um bom corpo e sutis notas doces são deixadas pelo "beijo do carvalho".  A acidez é corretíssima e deixa o conjunto ainda mais elegante; pode ser até que o vinho aguente uns cinco anos de evolução.

Mais um ponto para a Aurora, vinícola incontornável no nosso país.


Avaliação Vinhozin: 88 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 40 reais.


Vale a pena? Muito. Esse já virou um dos nossos favoritos, pela qualidade e pelo custo-benefício.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nicolas Catena Zapata 2012


De volta à Catena Zapata, estamos diante de um clássico.

Monstro sagrado argentino, famoso por desbancar grandes bordaleses em degustações às cegas na Europa e nos Estados Unidos, esse é um dos vinhos tintos de topo da casa, junto com o Nicasia e o Malbec Argentino. Criado em 1997, homenageia o enólogo e criador que é já um dos maiores nomes da história do vinho do novo mundo.

Corte de 75% Cabernet Sauvignon e 25% Malbec, esse tinto provém das vinhas Nicasia, Adrianna, Domingo e La Pirámide em Mendoza. Púrpura, ainda muito novo na cor, o vinho já mostra uma complexidade incrível no nariz, com notas de torrefação, cedro e um pouco de baunilha, aportadas pela madeira bem colocada, seguidas por frutas vermelhas frescas, como ameixa e cassis e, com algum tempo em taça, alguma coisa de ervas e eucalipto. 

Bastante bordalês no perfil, tem bom corpo e um conjunto fantástico de acidez e estrutura tânica, com taninos finos que permitem uma ótima experiência já hoje. Espere uns dez anos, porém, e verá do que é feito um grande vinho.


Avaliação Vinhozin: 95 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 800 reais. Importado pela Mistral.
Preço no exterior: Em torno de 110 dólares nos EUA.


Vale a pena? É um vinho muito caro, mas com essa qualidade é difícil achar vinhos mais baratos.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Miolo Reserva Pinot Grigio 2013



Mais um branco gaúcho da Miolo, dessa vez de uma casta franco-italiana que, no nosso novíssimo mundo do vinho brasileiro, faz vinhos frescos e leves que acompanham bem um dia de piscina. Esse exemplar de Pinot Grigio, porém, é muito mais do que um aperitivo refrescante.

Muito frutado, impressionam as notas de limão e maracujá, envoltas por uma característica mineral de pedras lavadas, surpreendente para um vinho desse preço. Na boca é bastante encorpado e tem ótima acidez. Bastante jovem, esse vinho pode ficar mais uns aninhos na garrafa que ganhará complexidade.

Já tomamos outras safras desse Pinot Grigio e ele é muito consistente. É mais ou menos assim: se você quer tomar um branco, comprar em um supermercado perto de casa e gastar até uns 50 reais, não tem como errar se for de Chardonnay Reserva da Aurora ou de Pinot Grigio Reserva da Miolo.


Avaliação Vinhozin: 89 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 45 reais.


Vale a pena? Bastante.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Adega de Penalva Flor D' Penalva Reserva Tinto 2013



Voltando ao Dão, uma grata surpresa.

Provamos esse vinho como não quem não quer nada: não conhecíamos a produtora, mas estava em promoção por menos de metade do preço em Portugal então compramos para experimentar.

Corte típico do Dão, com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, mostrou-se extremamente maduro logo na abertura, com muita madeira doce, taninos polidos e fruta madura. Não parecia em nada com um verdadeiro Dão no primeiro dia, e sim com uma fruit-bomb californiana. Não estava ruim, mas exagerado.

Acontece que esquecemos metade do vinho na geladeira durante uma semana e eis que ele se transforma: perde aquele exagero e começa a mostrar coisas mais interessantes, como licor de cerejas, alguns morangos mais frescos e acidez pronunciada; acaba por ficar muito bom. A sugestão é óbvia: esqueça ele envelhecendo ou aerando por um tempo, e você não vai se arrepender.



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Não conseguimos encontrar à venda no mercado nacional.
Preço no exterior: Em torno de 12 euros na Europa.


Vale a pena? Sim, se for pra tomar por lá.  Apesar do vinho ser muito bom, eu não perderia espaço na mala trazendo essa garrafa, porque ela não expressa o terroir de onde veio; vinhos assim o mundo inteiro tem.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Muros Antigos Escolha Vinho Verde 2014


Este é o primeiro vinho de Anselmo Mendes que publicamos aqui no blog. Considerado por muitos o maior winemaker da região dos Vinhos Verdes (e para nós só perdendo para o pessoal do Soalheiro), ele trouxe profundidade e caráter aos vinhos da região, através do seu trabalho nos últimos anos.

Esse Muros Antigos Escolha 2014 é um corte de 40% Avesso, 40% Loureiro e 20% Alvarinho que mostra já na garrafa sua tradição minhota-alsaciana (o Alvarinho é uma casta que tem vários "quês" de Riesling). Amarelo palha-esverdeado, mostra um caráter muito frutado no olfato, com bastante pêssego e limão. Na boca o aspecto limonado volta, envolto pela alta acidez e alguma coisa mineral que traz complexidade ao vinho.

O vinho é bastante harmônico e tem um caráter bastante jovem. Como não passa por madeira, mantém aquele frescor típico da região, aliado a uma profundidade incomum para um rótulo de entrada.

Ótimo vinho!


Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 85 reais. Importado pela Decanter.
Preço no exterior: Em torno de 5 euros na Europa e 10 dólares nos EUA.


Vale a pena? Se for pra comprar fora, vale muito. Aqui, você consegue a mesma qualidade em brancos brasileiros por metade do preço.