quarta-feira, 29 de março de 2017

Maximo Boschi Chardonnay 2009



Mais um grande vinho da Serra Gaúcha! Hoje provamos um branco da Maximo Boschi, cujo Merlot 2006 tem o título de tinto brasileiro com a maior pontuação neste blog que vos escreve. Aí o que acontece? O branco leva o mesmo título.

Monovarietal de Chardonnay, numa degustação às cegas seria facilmente confundido com um grande Borgonha, talvez um Premier Cru de Mersault. Com linda cor translúcida, o vinho tem uma complexidade aromática ímpar, um caleidoscópio com notas de maçã verde, pêssegos, mel, minerais, florais (dama da noite) e até alguma coisa de grama a la Sauvignon Blanc! Muito elegante, na boca tem corpo médio, boa acidez e uma estrutura impressionante, digna do melhores barrel-fermented californianos.

Está pronto para beber, mas ainda tem garra para evoluir mais por mais um tempinho.



Avaliação Vinhozin: 92 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 90 reais.


Vale a pena? Demais.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2012


Alguns meses após termos provado o Millésime 2011 da Aurora, eis que bebemos o vinho da histórica safra de 2012; e ela mostrou a que veio.

Este Cabernet Sauvignon mantém o caráter novo-mundista da safra anterior, mas traz mais elegância dentro de sua força. Com notas de ameixas maduras (quase geléia), manteiga, baunilha e mato seco, mostra uma boa complexidade aromática (além de muita exuberância). Bastante denso e concentrado na boca, com uma louvável graduação alcóolica bordalesa de 13%, traz uma estrutura tânica superior ao 2011, mas a acidez novamente veio um pouquinho abaixo do desejável: engraçada essa característica do vinho, vindo de uma região que é conhecida justamente por sua acidez.

O vinho está pronto para ser bebido, mas deve recompensar quem guardá-lo por uns 3-5 anos.


Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 100 reais.


Vale a pena? Há tintos brasileiros de mesma qualidade e mais baratos (vários já avaliados nesse blog). Mas, ainda assim, é um ótimo vinho.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Trapiche Finca Las Palmas Gran Reserva Malbec 2012


A Trapiche é uma das maiores bodegas argentinas, com grande presença comercial no Brasil através dos seus rótulos monovarietais de entrada, que, para falar bem a verdade, são algo intragáveis: apresentam todos os maus estereótipos novo-mundistas de madeira e extração, sem ter substância que as acompanhem.

Este Finca Las Palmas é bem diferente. De uma cor muito jovem e púrpura, logo de cara mostra que é muito sério, com notas de frutas negras frescas (amoras e mirtilos), especiarias e madeira bem integrada. Na boca tem taninos presentes e deliciosos, boa acidez e uma concentração acima da média, terminando com algumas notas florais.

Ótima pedida!



Avaliação Vinhozin: 91 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 130 reais. Importado pela Interfood.
Preço no exterior: Em torno de 25 dólares na Argentina e EUA.

Vale a pena? É caro, mas entra regularmente em promoções. Abaixo de 100 reais, compete bem com o Catena em preço, perfil e qualidade.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Morgado de Sta.Catherina Reserva 2013


Da tradicional região de Bucelas, famosas por seus Arintos cheios de acidez e frescor, hoje provamos o Morgado de Sta.Catherina Reserva, principal branco da tradicional Quinta da Romeira.

Esse rótulo de 2013 impressionou pelo seu caráter novo-mundista. Cheio de fruta madura exuberante, com fortes notas cítricas de abacaxi que preenchem todo o olfato, mostra também notas de mel, baunilha e um pouco de defumado. Na boca tem bom corpo, álcool pronunciado (14%!) e ótima acidez (como já dito, característica do terroir), terminando com um quê de mineralidade.

Pode ser que evolua com mais alguns anos em garrafa, mas parece estar pronto desde já.



Avaliação Vinhozin: 89 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 80 reais. Importado pela Wine.com.br.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros em Portugal e 15 dólares nos EUA.

Vale a pena? Há opções melhores por menos dinheiro, mas vale a pena para quem gosta do perfil. Além disso, a Wine faz promoções que de vez em quando dão resultado (conseguimos comprá-lo por 60 reais).

quarta-feira, 1 de março de 2017

Anselmo Mendes Contacto 2015


O Anselmo Mendes já despontou aqui nesse blog através da consultoria que dá à vinícola Hermann, e hoje provamos um legítimo vinho seu, feito na região de Monção e Melgaço.

Esse monovarietal de Alvarinho é um queridinho da crítica internacional (assim como quase todos os seus rótulos). O vinho mostra um pronunciado caráter floral (flores brancas) e notas de peras frescas, numa coisa meio Chablis, fugindo um pouco do padrão apresentado pelo vizinho Soalheiro, por exemplo, em que o Alvarinho puxa mais para o Riesling, com mais fruta e acidez.

Na boca é muito elegante, tem corpo médio, boa acidez e uma pontinha de mineralidade. Apesar de novo, está ótimo para ser bebido desde já!



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 150 reais. Importado pela Decanter.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros em Portugal e 15 dólares nos EUA.

Vale a pena? Para comprar fora, muito. Para comprar aqui, há brancos gaúchos de mesma qualidade por bem menos.