Voltando ao Dão, uma grata surpresa.
Provamos esse vinho como não quem não quer nada: não conhecíamos a produtora, mas estava em promoção por menos de metade do preço em Portugal então compramos para experimentar.
Corte típico do Dão, com Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, mostrou-se extremamente maduro logo na abertura, com muita madeira doce, taninos polidos e fruta madura. Não parecia em nada com um verdadeiro Dão no primeiro dia, e sim com uma fruit-bomb californiana. Não estava ruim, mas exagerado.
Acontece que esquecemos metade do vinho na geladeira durante uma semana e eis que ele se transforma: perde aquele exagero e começa a mostrar coisas mais interessantes, como licor de cerejas, alguns morangos mais frescos e acidez pronunciada; acaba por ficar muito bom. A sugestão é óbvia: esqueça ele envelhecendo ou aerando por um tempo, e você não vai se arrepender.
Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)
Preço no Brasil: Não conseguimos encontrar à venda no mercado nacional.
Preço no exterior: Em torno de 12 euros na Europa.
Vale a pena? Sim, se for pra tomar por lá. Apesar do vinho ser muito bom, eu não perderia espaço na mala trazendo essa garrafa, porque ela não expressa o terroir de onde veio; vinhos assim o mundo inteiro tem.
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