sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Marqués de Riscal Reserva 2009
Segundo Marqués de Riscal avaliado por esse blog (ainda tem mais um 2011 no forno, ou melhor, na adega), esse 2009 se comportou muito melhor do que seu irmão do ano anterior.
Corte riojano de Tempranillo, Mazuelo e Graciano, o vinho foi beneficiado por uma boa safra. Bastante clássico, não chegando a ser austero, este Riscal puxa para um perfil mais bordalês na sua seriedade. Logo de cara mostra muitas frutas vermelhas frescas (cerejas) e tostados, com as notas balsâmicas tão típicas do rótulo aparecendo ao lado de algumas notas de especiarias.
A baunilha do carvalho americano se faz muito mais presente do que em 2008, mas o vinho também tem mais estrutura tânica e acidez para contrabalancear e assegurar um bom futuro (e um bom presente, afinal já está ótimo). Bastante elegante e gastronômico, esse é daqueles vinhos que pedem uma mesa.
Avaliação Vinhozin: 91 Pontos/ 100 (Escala Americana)
Preço no Brasil: Em torno de 180 reais. Importado pela Interfood.
Preço no exterior: Em torno de 15 dólares nos EUA e 15 euros na Europa.
Vale a pena? Para comprar fora, vale muito a pena (sempre trazemos na mala). Aqui, é muito caro, mas condizente com seus pares estrangeiros se formos comparar qualidade.
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Ferraz Medium Rich Madeira
Como é bom ter uma boa surpresa. Compramos esse Madeira por uma bagatela numa promoção, e depois que bebemos, voltamos para comprar mais 3 garrafas.
O vinho da Madeira é uma instituição no mundo do vinho. Na opinião de muitos connoisseurs (principalmente britânicos), o Madeira é o maior vinho fortificado do mundo, rivalizando com o vinho do Porto.
Esse Ferraz é um monovarietal de Bual (segundo na hierarquia do grau de açúcar residual, sendo os Malvasia os mais doces e seguido, respectivamente, por Verdelho e Sercial) e passa pelo menos 7 anos em carvalho. Bastante complexo no nariz, mostra iodo, amêndoas, nozes e canela em perfeita harmonia, num caleidoscópio que mostra uma nova faceta a cada prova. Na boca tem acidez vibrante e ótima estrutura, com taninos sedosos. Termina muito longo e untuoso, com mel e um pouco de chocolate.
Melhor do que qualquer Porto Tawny 10 anos por aí.
Avaliação Vinhozin: 92 Pontos/ 100 (Escala Americana)
Preço no Brasil: Em torno de 100 reais. Importado pela Vinci.
Preço no exterior: Em torno de 15 dólares.
Vale a pena? Se achar, compre sem pensar.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Zerbina Arrocco Passito 2008
A Fatoria Zerbina é uma tradicional vinícola da Emilia-Romagna, famosa pelos vinhos doces. Utilizada em clássicos como o Vin Santo, o Amarone, e, no caso do vinho dessa resenha, o Passito, a ténica do appassimento é quase um símbolo da vitivinicultura italiana, consistindo, em regra e a grosso modo, na passificação das uvas após a colheita para a concentração de açúcares e aromas, antes da formação do mosto.
Este Passito talvez esteja no auge da evolução (provamos uma meia garrafa). Exuberante desde a abertura, mostra um lado muito forte de calda de maracujá, além de casca de laranja confitada, damascos, alguma coisa floral de ibiscos e notas minerais. Na boca é bastante amanteigado e encorpado, e sentimos um pouco de amargor, talvez do tempo em garrafa. A acidez não está mais tão presente, mas ainda assim segura e dá um pouco de leveza ao conjunto.
Para quem gosta de um estilo mais blockbuster, é uma ótima pedida.
Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)
Preço no Brasil: Em torno de 300 reais. Importado pela Vinci.
Preço no exterior: Em torno de 20 euros.
Vale a pena? Aqui no Brasil, nem pensar (no caso, compramos num saldão, então valeu a pena). De qualquer forma, não é um vinho que agrada a todos, então há que se ter algum cuidado.
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