Quinta de Foz de Arouce Tinto 2011

Voltando à Bairrada, hoje provamos o Quinta de Foz de Arouce da ótima safra de 2011 (o vinho tem a denominação regional Beiras, mas nada mais é do que um Bairrada deslocado).

Corte de 80% Baga e 20% Touriga Nacional, esse tinto tem um estilo meio oxidado, um pouco riojano, com cerejas ao licor, canela, madeira, chocolate e tabaco. Com o tempo em taça aparecem ainda notas de ervas, principalmente erva-doce. Apesar da complexidade aromática, o vinho perde um pouco na boca, com taninos duros e acidez volátil, ficando um pouco desequilibrado. De qualquer forma, não deixa de ser um bom vinho.



Avaliação Vinhozin: 88 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 90 reais. Importado pela Decanter.
Preço no exterior: Em torno de 10 euros na Europa e 15 dólares nos EUA.

Vale a pena? Não. Há alternativas melhores, dentro da mesma Bairrada, pelo mesmo preço.

Tabalí Reserva Especial Chardonnay 2013

A gente nunca tinha provado os vinhos da Tabalí, famosos pontuadores no Guia Descorchados, até que a World Wine fez um saldão de começo de ano e compramos alguns. As expectativas foram atendidas!

Esse monovarietal da casta borgonhesa é de um amarelo palha bem chablisienne, de cara mostrando o contraste para o típico Chardonnay chileno dourado. É também bastante borgonhês na prova, com maçã verde e muitas flores brancas. Na boca tem boa acidez, mas o que chama atenção é o corpo, bastante concentrado e denso, sem ser pesado. A madeira está muito bem integrada e ele termina com um bom comprimento.

Ótimo vinho.



Avaliação Vinhozin: 91 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 100 reais. Importado pela WorldWine.
Preço no exterior: Em torno de 20 dólares no Chile e nos EUA.

Vale a pena? Sim.

Península Palo Cortado

No segundo Xerez que trazemos ao blog, passamos do tradicional Fino ao agora popular Palo Cortado, que segue o mesmo processo nas soleras mas sofre uma maior oxidação (a flor é danificada) e é fortificado.

O Península é de um âmbar lindo na cor, com muito brilho. No nariz mostra muita força e complexidade, com cereais, chá preto, manteiga, baunilha, iodo e notas florais. A expressão aromática é uma característica do Palo Cortado, que é "um amontillado no olfato, e um oloroso no paladar." Na boca, é notável o amargor, com muito corpo, untuosidade e acidez crocante. O vinho termina longo e apimentado, com um pouco de mel.

Exótico e muito bom!



Avaliação Vinhozin: 92 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 250 reais. Importado pela Ravin.
Preço no exterior: Em torno de 20 euros na Europa e 20 dólares nos EUA.

Vale a pena? Para comprar fora, é uma pechincha. Aqui, aquele roubo de sempre.

Salton Intenso Cabernet Sauvignon 2012

De uma das linhas com maior distribuição no Brasil, a Intenso da Salton, hoje provamos o Cabernet Sauvignon da grande safra de 2012.

De cor ainda bem jovem e pronunciada, apesar dos 5 anos de colheita, o vinho puxa bastante para os florais e frutas negras frescas, bem ao estilo velho mundo. Na boca é vinoso e elegante, tem corpo médio, taninos amigáveis e boa acidez.

Boa pedida à mesa, melhor que a maioria dos Cabernet ultra-amadeirados de mesmo preço do Chile e Argentina.



Avaliação Vinhozin: 88 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 40 reais.


Vale a pena? Sim.

Niepoort Vintage Porto 2011

Hoje a coisa fica séria!

Da quase mítica safra de 2011 no Douro, provamos o Porto Vintage da Niepoort, uma das mais tradicionais casas da região.

No primeiro dia de abertura, depois de uma hora de decantação, ele mostrou a que veio numa exuberância que poucos vinhos no mundo mostram, com framboesas, amoras e morangos em calda (aparentemente ainda não chegou na fase "adolescente" dos Vintages, em que os vinhos se fecham e ficam intransponíveis). A cada minuto que passava ele mostrava outra face: ervas, florais e madeira doce se revezavam, tudo com grande definição. Na boca impressionou sua estrutura colossal, com taninos finíssimos, ótima acidez e final de boca interminável.

No segundo dia, o perfil do vinho mudou para uma coisa meio bordalesa, menos doce, com caixa de charutos, eucalipto, chocolate e cassis, quase um Grand Cru de Pauillac . Denso, sério e muito concentrado, não conseguimos esperar o terceiro dia para ver o que viria em seguida!

Um vinho clássico, para ser bebido já ou com 30 ou 50 anos de envelhecimento.



Avaliação Vinhozin: 96 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 700 reais. Importado pela PPS.
Preço no exterior: Em torno de 80 euros na Europa e 80 dólares nos EUA.

Vale a pena? Vale cada centavo.

Salton Paradoxo Espumante Brut

Uma das melhores surpresas que tivemos em espumantes elaborados pelo método charmat foi esse Salton Paradoxo Brut.

Corte de 4 castas (Sauvignon Blanc, Chardonnay, Viognier e Prosecco) de uvas provenientes da Campanha e da Serra Gaúcha, o vinho mostra notas de pêssegos, maçã e algum traço das leveduras. Muito fresco, tem bolhas finas e persistentes (seria facilmente confundido com um Brut de método tradicional).

Impressionante o caráter magro e limonado do conjunto, sem qualquer peso ou doçura enjoativa, ressaltado pela ótima acidez em boca.



Avaliação Vinhozin: 89 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 40 reais.


Vale a pena? Muito!

Aurora Pequenas Partilhas Cabernet Franc 2014

É impressionante a qualidade que a Cabernet Franc da Serra Gaúcha está atingindo; arriscamos a dizer que essa casta vai ser uma das protagonistas do cenário vinícola brasileira em poucos anos.

Esse monovarietal da Aurora mostra a desenvoltura da Cabernet Franc na região. O vinho esbanja tipicidade, com notas de menta, pimentão, frutas negras (cassis) e especiarias picantes, além de um pouco de defumado. Sério e vinoso, tem taninos amigáveis e ótima acidez.

Muito gastronômico e elegante, é uma ótima pedida para uma infinidade de pratos.



Avaliação Vinhozin: 90 Pontos/ 100 (Escala Americana)

Preço no Brasil: Em torno de 50 reais.


Vale a pena? Muito! Ótimo custo-benefício.